“Espero poder confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje, e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim.”
Anne Frank, 12 de junho de 1942
Poucos relatos ficaram tão conhecidos como o diário escrito por uma menina judia, recém-saída da infância, que não chegaria a maioridade por se tornar mais uma vítima da intolerância e da brutalidade do nazismo alemão.
Muito mais que um simples diário, os escritos de Anne Frank se tornaram um documento histórico. São registros de uma época de dor e profunda amargura em toda a Europa, principalmente entre os judeus que viviam na Alemanha e na Polônia. O medo de serem aprisionados e transportados para campos de concentração não permitia a Anne e seus familiares nem ao menos se deslocar livremente nos estreitos espaços nos quais haviam se escondido.
Havia uma grande expectativa por parte de toda a família Frank quanto aos movimentos da guerra e as eventuais vitórias dos aliados. Essa grande ansiedade era suprida com notícias da guerra, transmitidas pelas rádios européias, como a BBC inglesa.
Como alternativa para o tédio que, muitas vezes parecia tomar conta do pequeno mundo em que haviam se estabelecido, os Frank aproveitavam para ler e se informar. Lia-se de tudo, a respeito de assuntos os mais diversificados possíveis. Depositavam nas leituras a esperança de que no futuro, esse conhecimento pudesse lhes ser favorável. Ao mesmo tempo, queriam se sentir úteis e integrados as parcas noções de humanidade que lhes restavam naquele período de nuvens negras que demoravam a se dissipar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário